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Assuntos e Exercícios
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- 3. Análise Morfológica
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- 4.1 Regência Nominal
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Análise Sintática: Sujeito
Sujeito:
É um termo essencial da oração. É de quem ou sobre o quê fala o verbo.
As praias estão cada vez mais poluídas.
Posição
do Sujeito na Oração
Sujeito no início:
o sujeito aparece antes do predicado.
As crianças brincavam
despreocupadas.
Sujeito no fim:
o sujeito aparece depois do predicado.
Brincavam despreocupadas as
crianças.
Sujeito no meio:
o sujeito aparece no meio do predicado.
Despreocupadas,
as crianças brincavam.
O
sujeito pode ter um ou mais núcleos.
Tonico mora no interior.
O
sujeito da oração - "Tonico" - é composto por uma só palavra. Mas o
sujeito pode ser composto por mais de uma palavra.
O meu amigo Tonico mora no interior.
O:
refere-se a Tonico
meu:
refere-se a amigo
amigo:
refere-se a Tonico
Qual
o sujeito desta oração? "O meu amigo Tonico"
No
entanto, uma das palavras que constitui o sujeito é mais importante que as
demais: Tonico, pois ela é
propriamente o termo sobre o qual se diz alguma coisa. Essa palavra é chamada
de núcleo do sujeito. Núcleo do sujeito é, portanto, a palavra principal
que forma o sujeito. Outros exemplos:
Minha tataravó já morreu.
As belas modelos do Brasil encantam
o mundo.
O safado do presidente se faz
de ingênuo.
Classificação
do sujeito
1)
Sujeito determinado:
É identificado pelo contexto. Pode ser simples (um núcleo), composto (mais de
um núcleo) ou oculto (determinado pela terminação do verbo, que sempre concorda
com o sujeito).
a)
Sujeito simples
Um homem alto
abriu a porta.
O
sujeito (quem abriu a porta?) é "um homem alto", ou seja, três
palavras. Mas o "núcleo do sujeito" é homem. Ou seja, não é
"um" quem está abrindo a porta, nem "alto", mas sim
"homem". Como há apenas um núcleo, trata-se de sujeito determinado
simples.
b)
Sujeito Composto
Os tigres e as
araras estão
ameaçados de extinção.
Núcleos
do sujeito: "tigres" e "araras".
c)
Oculto, elíptico ou desinencial
Ficamos
abestalhados com tanta corrupção. (Sujeito: Nós)
O
sujeito oculto pode ser identificado pela terminação (ou desinência) do verbo. No
exemplo, observe a desinência "amos", que se refere à primeira pessoa do
plural, "nós".
2
- Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não
se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua
portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma
oração:
a)
Com verbo na 3ª
pessoa do plural:
O
verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo
identificado anteriormente (nem em outra oração):
Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b)
Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:
O
verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do
sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo
Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
c)
Com o verbo no infinitivo impessoal: o verbo no
infinitivo pode ser considerado impessoal quando não estiver associado a um
sujeito que se possa deduzir do contexto.
Era
penoso estudar todo aquele conteúdo.
É
triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.:
quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos
explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Felipe
e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse
caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe
e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
3-
Oração sem sujeito: apesar de ser um termo
essencial da oração, o sujeito pode não existir em algumas orações. No caso de
orações sem sujeito (OSS), o processo que o verbo expressa refere-se a si mesmo
e não pode ser atribuído a ninguém. A oração é formada apenas pelo predicado e
articula-se a partir de um verbo impessoal. Casos de OSS:
a)
Verbos que exprimem fenômenos da natureza: nevar, chover, ventar, gear,
trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Choveu muito
no inverno passado.
Amanheceu antes
do horário previsto.
Observação:
quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Choviam crianças
na distribuição de brindes. (sujeito: crianças)
Já amanheci cansado. (sujeito: eu)
b)
Verbos ser, estar,
fazer e haver,
quando usados para indicar uma ideia de tempo
ou fenômenos meteorológicos:
É noite.
(Período do dia)
Eram duas
horas da manhã. (Hora)
Hoje é
(ou são) 15 de março.
(Data)
Está tarde.
(Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Faz dois anos que
não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem.
(Temperatura)
Não
a vejo há anos.
(Tempo decorrido)
Havia muitos alunos
naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
Atenção:
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais
devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com
os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no
plural.
Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na
reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na
reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na
reunião.
Deve
ter havido muitas pessoas interessadas na
reunião.
Pode
ter havido muitas pessoas interessadas na
reunião.
Entendendo a Partícula <se>
As
construções em que ocorre a partícula <se> podem apresentar algumas
dificuldades quanto à classificação do sujeito.
a)
Aprovou-se o novo candidato. (Sujeito
simples)
Aprovaram-se os
novos candidatos. (Sujeito simples)
b)
Precisa-se de
professor. (Sujeito Indeterminado)
Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No
caso (a), o <se> é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz
passiva sintética, concordando com o sujeito. Pode-se concluir isso, pois é
possível passar para voz passiva analítica:
O novo candidato foi aprovado.
Os novos candidatos foram
aprovados.
No
caso (b), a partícula <se> não admite a voz passiva analítica (não existe
“foram precisados”) e o verbo está na 3ª pessoa do singular, indicando que se
trata de indeterminação do sujeito. Neste caso, quando a frase passa para o
plural, o verbo permanece invariável.
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9 comentários:
Material riquíssimo, de fácil leitura e compreensão. Parabéns ao autor!!!
Ismael Arrais (ismaelarraisajc@hotmail.com)
Bem completo e resumido.. Ótima página.. Parabéns..
Parabéns, muito bom.
Muito bom
Muito bom
Gostaria de saber se no caso do verbo fazer usado nos exemplos acima não há a possibilidade de analisar as duas orações do período. Faz dois anos ( primeira oração - OSS) /que não a vejo.( segunda oração - sujeito oculto "eu")
Sua análise está correta. Não entendi a sua dúvida.
Estava com dificuldade de relembrar esse conteúdo após ler e reler vários materiais. Após acessar a página consegui compreender. ótimo material.
Obrigada por disponibilizá-lo e assim ajudar as pessoas.
Gratidão!
Como terei acesso aos exercícios?
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